A mobilidade e a flexibilidade
A nossa mobilidade e a nossa flexibilidade de movimento são talvez a chave do nosso sucesso. Estes são dois conceitos essenciais não só para desportistas, mas para o dia a dia de qualquer pessoa. Imagine ter dificuldade para apanhar um objeto do chão ou para realizar uma atividade doméstica simples, como por exemplo, varrer a casa. Ambos auxiliam nesses movimentos e evitam sobrecargas nas articulações.
- Mobilidade é a capacidade de fazer movimentos dentro de uma grande amplitude, de modo voluntário. Ela está relacionada não só à capacidade de movimentação dos ossos que constituem as articulações e a cartilagem existente entre elas, mas também à flexibilidade dos músculos que ajudam na execução do movimento desejado. Para que se compreenda: Uma forma de exemplificar mobilidade é quando, durante o agachamento, o praticante é capaz de manter os calcanhares em contato com o solo enquanto as coxas estão paralelas ao chão.
- Flexibilidade é a capacidade que o indivíduo tem de mover uma articulação num completo ângulo de movimento. Ou seja, trata-se do quanto o músculo é capaz de se alongar, uma propriedade intrínseca dos tecidos moles e que é comandada pelo sistema nervoso. É influenciado por fatores internos e externos. No primeiro grupo, podemos incluir a extensibilidade de tendões, ligamentos e músculos. Já no segundo grupo, incluímos aspetos como por exemplo, sexo, idade, hereditariedade, temperatura, condição física, respiração e concentração.
Movimento
É através do movimento que nós conseguimos alcançar energia para prolongarmos a nossa existência. Portanto a manutenção dessa capacidade é a prioridade máxima porque o corpo é um sistema aberto que interage constantemente com o que o rodeia. Por isso devemos ter uma preocupação constante, se realmente queremos pensar em viver uma vida longa e de qualidade.Os exercícios de mobilidade desempenham um papel crucial na prevenção de lesões musculares e articulares. Ao melhorar aspetos como a flexibilidade, estabilidade e controlo das articulações, reduzimos significativamente o risco de lesões durante atividades físicas – ou até mesmo nas tarefas diárias!
A nossa manutenção depende também das nossas escolhas, sejam elas ao nível do tipo de movimento que executamos, da qualidade da nossa alimentação, da forma como lidamos com o stress no nosso dia-a-dia ou da qualidade do nosso sono, entre muitas outras situações.
As escolhas e sugestões de treino implicam a manutenção da nossa saúde muscular e articular. Nem sempre podemos acertar nas nossas escolhas. No entanto, devemos assumir essa responsabilidade e estar constantemente alerta para a clareza das consequências dessas escolhas. E principalmente permitir que o conhecimento e sensibilidade maior, isto é, a parte técnica fique a cargo de um profissional, seja do âmbito do fitness ou da reabilitação.
Vamos com certeza ter melhores índices de saúde e populações mais saudáveis.
Alongar ajuda
Os alongamentos ajudam a musculatura a executar quaisquer movimentos, sem tensões desnecessárias. É como se preparassem o corpo para a ação que virá em seguida. São exercícios preventivos e de cuidado com os músculos. Nunca deveriam ser deixados de lado. Só trazem vantagens, já que além de garantirem melhor resposta à prática do exercício físico, proporcionam melhoria na postura, na mobilidade e na flexibilidade. Diferentes tipos de exercícios de alongamento trazem inúmeras vantagens, evitando encurtamentos musculares, além de elevar e estabilizar os níveis de flexibilidade, reduzirem:
- O risco de lesões músculo-articulares
- Dores nas costas
- Lesões posturais
- Nódulos musculares
- A tensão muscular
A falta de alongamento provoca danos a longo prazo, pode até provocar problemas posturais, limitar movimentos importantes no desporto, no lazer e nas tarefas do quotidiano Aumenta o risco de lesões musculares e articulares, de dores lombares ou compressão do nervo ciático. Com o passar do tempo, com o nosso envelhecimento, os tecidos conjuntivos, que fazem parte da composição musculo-esquelética, aproximam-se cada vez mais, perdendo sua elasticidade e promovendo naturalmente um desequilíbrio muscular. As fibras musculares tornan-se mais curtas e perdem a elasticidade, tornando os movimentos cada vez mais restritos.
Assim a prática regular de alongamentos ajuda a atenuar os efeitos negativos relacionados ao envelhecimento. Aumenta a flexibilidade dos músculos e das articulações, reduz as tensões musculares, prevenindo lesões.
Tipos de alongamentos (mais comuns)
1 – Estático: manutenção de um alongamento mais lento, que pode ser sustentado por 30 segundos ou mais
2 – Dinâmico: uma série de alongamentos rápidos e sucessivos
3 – Passivo: uso de força externa como, por exemplo, a gravidade, ou ajuda de outra pessoa
4 – Ativo: contração dos músculos antagonistas, ou seja, contrair um músculo para alongar outro de maneira individual
Não faça alongamentos se:
- Teve uma fratura recente
- Houver dor aguda
- Tem um bloqueio ósseo que limita a mobilidade articular
- Houver evidência de um processo inflamatório ou infeccioso ao redor de uma articulação
- Houver hematoma ou indicação de trauma
- Teve recentemente lesões musculares
Atenção: Se o exercício ou a atividade exigir muita força e/ou potência, os alongamentos podem ser prejudiciais e acabar por causar lesões. Depois de um exercício que causa uma intensa fadiga, o ideal é aguardar um pouco para fazer alongamentos. Os exercícios de alongamento, assim como, qualquer outro tipo de exercício, devem ser feitos com cuidado, para evitar lesões. Por isso, recomenda-se a supervisão de um profissional de educação física.
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